

Independiente é desclassificado da Copa Sul-Americana após briga em estádio
O Independiente de Avellaneda foi desclassificado da Copa Sul-Americana por conta da violenta briga entre torcedores ocorrida em seu estádio, que obrigou o cancelamento do jogo de volta das oitavas de final da competição contra a Universidad de Chile, há duas semanas, informou a Conmebol nesta quinta-feira (4).
O time argentino também terá que fazer seus próximos 14 jogos em torneios da Conmebol sem sua torcida (sete em casa e sete como visitante) e foi multado em US$ 250 mil (R$ 1,2 milhão na cotação atual), entre outras punições.
Já a Universidad de Chile avançará às quartas de final da Sul-Americana para enfrentar o Alianza Lima, do Peru, mas recebeu uma multa de US$ 270 mil (R$ 1,4 milhão) e tampouco poderá ter seus torcedores nos próximos 14 jogos internacionais.
A decisão da Conmebol, contra a qual ainda cabe recurso, adverte que os clubes podem receber punições mais severas em caso de reincidência e devem realizar campanhas nas redes sociais e em seus estádios contra o "racismo, discriminação e violência".
O jogo, disputado no dia 20 de agosto, foi cancelado após uma série de incidentes violentos no estádio Libertadores de América, em Avellaneda, ao sul de Buenos Aires.
O árbitro uruguaio Gustavo Tejera suspendeu a partida no início do segundo tempo, depois que torcedores das duas equipes entraram em confronto usando facas, pedaços de pau e bombas de efeito moral.
Minutos depois, a Conmebol comunicou oficialmente o cancelamento do jogo através do sistema de som do estádio.
Foi então que ocorreram os episódios mais graves de violência: torcedores do Independiente invadiram o setor visitante e atacaram os poucos torcedores chilenos que permaneciam nas arquibancadas.
Os enfrentamentos renderam cenas de brutalidade extrema, com espancamentos, incêndio dos assentos e um torcedor que, em meio ao pânico, se jogou do alto da arquibancada para escapar da agressão.
O saldo foi de pelo menos 19 feridos, dois deles em estado grave, e mais de 100 detidos, a grande maioria chilenos, de acordo com a polícia argentina.
B.Scholz--FFMTZ