Frankfurter Tageszeitung - Fila de navios antes da saída das multinacionais petrolíferas na Venezuela

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Fila de navios antes da saída das multinacionais petrolíferas na Venezuela
Fila de navios antes da saída das multinacionais petrolíferas na Venezuela / foto: Federico PARRA - AFP

Fila de navios antes da saída das multinacionais petrolíferas na Venezuela

Uma fila de navios aguardava sua vez para carregar petróleo nesta sexta-feira (9) no Lago de Maracaibo, duas semanas antes de as multinacionais petrolíferas que operam na Venezuela encerrarem suas atividades devido às sanções dos Estados Unidos.

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A AFP constatou a presença de ao menos sete petroleiros na baía do Lago de Maracaibo (Zulia, oeste), que esperavam para acessar os cais da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), localizados nesta região onde a exploração petrolífera no país teve início há mais de um século.

No último dia 26 de fevereiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o fim de uma licença concedida à Chevron em novembro de 2022 durante o governo de Joe Biden, em uma flexibilização do embargo imposto à Venezuela em 2019.

Além da petroleira americana Chevron, a francesa Maurel & Prom, a espanhola Repsol e a italiana Eni também foram notificadas da revogação das licenças pelos Estados Unidos.

Todas devem encerrar suas operações antes de 27 de maio.

A Venezuela planeja manter a produção nos blocos petrolíferos que até agora operava em parceria com a empresa americana Chevron, disse o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no último dia 5 de maio.

A Chevron operava em sociedade com a estatal PDVSA em quatro projetos.

Em 11 de abril, a Venezuela informou que a Chevron devolveu carregamentos de petróleo venezuelano devido à "impossibilidade e restrições que lhe foram impostas [à empresa] para efetuar os pagamentos à Venezuela".

No entanto, Maduro assegurou que seu governo cumprirá os compromissos firmados com a Chevron.

A Chevron produzia cerca de 200 mil dos um milhão de barris diários de petróleo da Venezuela.

No final de março, Trump ameaçou os países que comprarem petróleo ou gás venezuelano com uma tarifa adicional de 25% em suas transações comerciais com os Estados Unidos.

A Venezuela é o terceiro maior fornecedor de petróleo para os Estados Unidos, atrás apenas do Canadá e do México, segundo a Agência de Informação sobre Energia (EIA, na sigla em inglês).

R.Winkler--FFMTZ