

Incêndio na França leva a fechamento do aeroporto de Marselha
A França enfrenta nesta terça-feira (8) dois incêndios no sudeste do país, um dos quais obrigou ao fechamento do aeroporto de Marselha na primeira semana de férias escolares de verão, indicaram as autoridades.
A cerca de 200 quilômetros a oeste, o outro incêndio consumiu por enquanto mais de 2.000 hectares de floresta nos arredores de Narbona e obrigou à evacuação dos moradores da região diante do avanço das chamas.
Esses dois incêndios ocorrem dias após uma intensa e precoce onda de calor que sufocou a França entre 19 de junho e 4 de julho, com temperaturas superiores a 40 ºC em algumas áreas.
O incêndio que obrigou ao fechamento do aeroporto de Marselha, o quarto do país após os de Paris e Nice, teve origem na localidade próxima de Pennes-Mirabeau, indicaram as autoridades.
"As coisas estão longe de estar sob controle", reconheceu à AFP o prefeito Michel Amiel, revelando que dois bairros foram evacuados e os bombeiros protegem um lar para idosos.
O vento levou a fumaça até a cidade mediterrânea e seu aeroporto, o que provocou o desvio de dez voos para outros aeroportos e o cancelamento de pelo menos três, segundo um porta-voz aeroportuário.
"As condições no terreno são desfavoráveis, a velocidade de propagação do fogo", que já percorreu 30 hectares, "é muito rápida", indicaram os bombeiros, que mobilizaram 168 efetivos, sete aviões e três helicópteros.
Mais de mil bombeiros estão mobilizados para apagar o incêndio nos arredores de Narbona, que começou na tarde de segunda-feira e continua ativo, informou a prefeitura local. Cinco sofreram ferimentos leves.
Muitas pessoas ficaram temporariamente presas na autoestrada A9, que liga a França à Espanha. Algumas passaram a noite em seus carros e 150 estão hospedadas em um recinto de feiras de Narbona ou em ginásios de vilarejos próximos.
O departamento de Aude, cuja capital é Narbona, registrou três incêndios em uma semana. O atual começou por razões desconhecidas em uma propriedade vinícola perto de uma área montanhosa e se espalhou rapidamente.
"Perdi tudo. Estou no meu carro com meus seis cães. Temos cavalos que morreram no incêndio, os vizinhos nos ajudaram a salvar cerca de 30", contou Nathalie Bueno, de 60 anos, gerente de uma cavalariça com 43 animais.
Os cientistas dizem que as mudanças climáticas estão aumentando a intensidade, duração e frequência do calor extremo que ocasiona alguns incêndios florestais.
X.Busch--FFMTZ