

Assaltante de Kim Kardashian se apresenta como ladrão desajeitado
Yunice Abbas, um dos "ladrões vovôs" acusados do roubo de joias no valor de 10 milhões de dólares (56,2 milhões de reais na cotação atual) que pertenciam à Kim Kardashian em 2016, tentou minimizar a sua responsabilidade se apresentando como um ladrão desajeitado perante o tribunal de Paris nesta quarta-feira (14).
Desde o final de abril, dez suspeitos estão sendo julgados pelo assalto à mão armada à rainha das redes sociais que a imprensa francesa descreveu como "o roubo do século".
Abbas, de 71 anos, é um homem baixo, de cabeça raspada e com o braço trêmulo por conta do Parkinson.
Ele é um dos únicos acusados que reconhece ter participado do assalto ocorrido na noite de 2 e 3 de outubro, e até escreveu um livro sobre o ocorrido: 'J'ai Séquestré Kim Kardashian' (Eu Sequestrei Kim Kardashian).
No dia anterior, assim como Aomar Ait Khedache, o suposto mentor do roubo, ele ofereceu suas "sinceras desculpas" à mulher americana, que tinha 35 anos de idade na época do roubo.
"Eu vim para virar a página. Aceito suas desculpas", respondeu a estrela.
Abbas foi preso no início de 2017 porque seu DNA foi encontrado na cena do crime e ele confessou seu envolvimento.
No entanto, nesta quarta-feira ele "se esquivava das respostas", disse o presidente do tribunal, David De Pas.
Segundo ele, nunca tinha ouvido falar de Kim Kardashian, só sabia que a vítima era a "esposa de um rapper", que se tratava de um "roubo multimilionário" e que havia um grande "diamante" que ela mostrou nas redes sociais. Mas nada sobre o plano ou seu próprio papel.
Depois que o recepcionista foi neutralizado, ele ficou de vigia enquanto dois cúmplices subiam para o quarto da estrela. "Eles desceram as escadas menos de 10 minutos depois, sem nervosismo", disse ele, segurando uma caixa de joias da Louis Vuitton, cujo conteúdo colocaram em uma mochila.
Sem ter planejado antes, o acusado alegou que foi ele quem saiu com a bolsa pendurada no guidão de sua bicicleta.
A poucos metros do hotel, apareceu um carro de polícia e ele pensou que seria preso. "Levantei o braço para dizer: 'Eu me rendo, não estou armado', mas os policiais acharam que eu estava acenando. Eles acenaram de volta e seguiram em frente", enfatizou.
A história de Yunice Abbas tentou retratar um ladrão pouco profissional e desajeitado, que mesmo durante sua fuga de bicicleta deixa cair a bolsa com as joias e, ao pegá-la, esquece uma cruz incrustada de diamantes que um transeunte encontrou no dia seguinte, a única peça do saque que foi recuperada.
D.Horn--FFMTZ